Eu quero ter sida completamente consumido quando morrer. Para mim a vida não é uma vela efêmera, é uma tocha esplendorosa que tenho nas mãos por algum tempo e quero fazê-la queimar com o maior brilho possivel, antes de passá-la as futuras gerações. (Bernard Shaw)

As dores e delícias de fazer teatro

Em busca de um patrocinador from Luciana Martuchelli on Vimeo.

Documentário concebido e dirigido da atriz do meu grupo Juliana Zancanaro sobre produção cultural, com depoimentos de artistas que se desdobram para fazer arte no Brasil. Personagens: Cláudio Marconcine, Guilherme Reis, Isabela Paes, Luana Piovani e Luciana Martuchelli Trilha: (parte da trilha original para a peça Pela Metade): Léo Bleggi Fotografia: Lello Kosby Som direto: JP Mac e Edilson Barros Montagem: Saulo Morete Uma produção EBC/NBR Imagens das obras cedidas pelos entrevistados 21min

TRANSIT VI Backstage of my documentary about Women - Teatret and Periphery Part I

Transit VI - Odin Teatret - Danmark 2009 (part 01) from ADRIANA DE ANDRADE on Vimeo.

Videoclip of Transit VI - Magdalena Project in Odin Teatret on august 2009 in Danmark - By Luciana Martuchelli and Adriana de Andrade

TRANSIT VI Backstage of my documentary about Women Teatret and Periphery Part 2

Transit VI - Odin Teatret - Danmark 2009 - (part 02) from ADRIANA DE ANDRADE on Vimeo.

Videoclip of Transit VI - Magdalena Project in Odin Teatret on august 2009 in Danmark - By Luciana Martuchelli and Adriana de Andrade

sexta-feira, 2 de abril de 2010

" Aos mornos eu vos vomitarei da garganta" ( J.C)

O isolamento é de alguma forma pungente, onde a pessoa não está viva, nem morta, nem quente, nem fria, está morna, em suspensão, numa experiência de quase-vida.
Uma quase vida pode nos dar uma grande ilusão de vida, sem contraste não vemos claramente as coisas. Numa quase vida, não estamos mortos o que já é muito para quem se sentia sempre na eminência dela. Entretanto também não estamos vivos, o que passa a ser pouco também, três anos podem nos trazer quando muito, três meses de crescimento e descobertas inevitáveis e muito vazio e desconexão com tudo. Porém na vida mesmo, podemos crescer três anos em apenas três meses em que seu fluxo entrou e saiu do nosso corpo, nos forçando a dançar, sentir e escolher, o que nos conecta com tudo ao redor...

Peter Pan diz pra wendy quando se apaixona por ela e se ve ameaçado pela risco da vida e escolhas do homem que havia impedido de chegar até a terra do nunca.
Diz, " vou te banir daqui como fiz com sininho"
E ela responde " vc não pode fazer isso comigo"
E ele retruca, "então volta para sua casa Wendy, vai embora de uma vez e leve com você os seus sentimentos , vá crescer então..."

Sentir pertuba toda a estabilidade da quase-vida, é impressionamente a riqueza cognitiva das emoções. Elas nos forçam a sermos frios ou quentes...a viver!

Posso teorizar sobre isso, baseado nas inúmeras pessoas que conheço que estão trancadas em jaulas criadas por elas próprias, estagnadas como pedras à margem do rio e sonhando com a temperatura da água e com outras paisagens.

Há nelas um peso, uma indescritível tristeza quando arrastam os pés pela manhã...
Quando são supreendidas pela vida, um sorriso pálido surge nos lábios, mas que logo desaparece , consumido pela suas mentes poderosas que trazem a tona seus sapatos apertados...

Quando optamos pelo caminho da indiferença, nos tornamos psiquicamente ausentes, sem paixão, estamos presentes de corpo, mas com a alma escondida, fazendo o que tem que ser feito, racionalizando nossas escolhas, mas sem alegria, sem senso de liberdade ou de um sentido maior para vida! Isolados temos a falsa sensação de controle, mas essa indiferença , esse estado blasé, nos rouba nossa maior força , proteção e benção, que são o amor e a paixão abundante que vivem em nosso coração, são eles que não nos deixam suspirar profundamente no cançaso e no medo, pois são o elixir que renova tudo sempre!

O intusiamo é a bússola mais preciosa que temos, um antídoto contra a quase-vida!

Luciana Martuchelli
( Citações Rumi, Cirocco )

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